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Há 11 anos, no dia 28 de agosto de 2014, o Cinema Ideal reabriu as suas portas. Desde então, foram estreados 1111 filmes. Este ano, o Cinema Ideal assinala mais um aniversário com um programa extenso e muito especial.

De um lado, com Guy Debord: todos os filmes e uma reposição/estreia da integralidade da obra daquele que foi um dos mais iconoclastas pensadores da segunda metade do século XX, cujos escritos ainda hoje reverberam de forma muito particular, tal como os seus filmes, muito menos conhecidos.

Mas, sobretudo, este aniversário do Cinema Ideal dá uma atenção muito particular ao cinema português. Por um lado, é retomada, para uma ‘segunda volta’, a obra completa de António Reis & Margarida Cordeiro, para quem não pôde ver/rever os filmes no início do mês (com a particularidade de Trás-os-Montes ser mostrado pela primeira vez com uma nova remasterização do som);

Por outro, são mostrados, pela primeira vez, três filmes que agora foram digitalizados pela Cinemateca Portuguesa no âmbito do PRR – três obras muito pouco vistas nas últimas décadas e que, agora, voltam a poder ser vistas nos cinemas (e em casa):

Nós Por Cá Todos Bem de Fernando Lopes, 1977 – apresentado por José Manuel Costa, antigo Director da Cinemateca (SÁBADO, 30 de agosto, 21:15);
Onde Bate o Sol de Joaquim Pinto, 1989 – apresentado por Inês Medeiros (DOMINGO, 31 de agosto, 19:00);
Três Irmãos de Teresa Villaverde, 1994 – Prémio Melhor Atriz para Maria de Medeiros em Veneza, apresentado pela realizadora (SEGUNDA, 1 de setembro, 21:15).

O Cinema Ideal dedica ainda duas sessões à atualidade e, em particular, à Palestina, com mais uma sessão de NO OTHER LAND, que estreou neste mesmo espaço em fevereiro passado. Além disso, será feita a antestreia de COM A ALMA NA MÃO, CAMINHA (Put Your Soul in Your Hand and Walk), o filme-diálogo entre a realizadora iraniana exilada Sepideh Farsi e a fotógrafa palestiniana Fatma Hassona (que viria a ser assassinada no dia em que se soube que o filme teria a sua estreia mundial em Cannes).

A antestreia é organizada em parceria com o coletivo Parents for Peace, que organiza a exposição Gaza Habibti de 2 a 6 de setembro, na Galeria Monumental, com curadoria da Yura Visuals, e que integra fotografias de Fatma Hassona, e com o festival Olhares do Mediterrâneo.  A receita da sessão reverte para a família sobrevivente de Fatma Hassona em Gaza (bilhetes 6 €/10 €).

Entretanto, continuam em exibição os filmes TRÊS AMIGAS, de Emanuel Mouret, e COLHEITA (Harvest), de Athina Rachel Tsangari. Durante esta semana de aniversário, os bilhetes serão ao preço único de 6 euros.

Mais informações em https://www.cinemaidealemcasa.pt

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