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A jornalista Antónia de Sousa, presidente da Direção da Casa da Imprensa em dois mandatos sucessivos, em 1975 e 1976, faleceu nesta quinta-feira, 15 de maio, no hospital de Cascais, aos 84 anos de idade.

Antónia Conceição de Jesus Teixeira de Sousa, de seu nome completo, nasceu a 22 de julho de 1940, em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia.

Muito jovem ingressou no jornalismo, sendo uma das poucas mulheres que então exerciam a profissão em Portugal.

Iniciou a atividade na revista Modas & Bordados, passando, depois, pelo Diário Popular e Diário de Lisboa. A 25 de abril de 1974 pertencia aos quadros da redação do República, daí transitando para o jornal A Luta. Foi co-autora, juntamente com Maria Antónia Palla, dos programas da RTP Nome de Mulher e Direito de Família, sobre a condição feminina e o estatuto da mulher em Portugal.

As duas últimas décadas, como jornalista, viveu-as no Diário de Notícias onde fixou notáveis trabalhos sobre Agostinho da Silva, objeto de interesse e investigação na Faculdade de Letras de Lisboa, e de que resultou o livro Diálogos com Agostinho da Silva. O Império Acabou. E Agora? Publicou também o ensaio O Mercado de Trabalho e a Mulher, a biografia As mulheres na Vida de Balzac e o livro Os Portais do Tempo. 

Depois de se reformar do jornalismo, Antónia de Sousa ocupou-se de um talento até então oculto, a pintura. Frequentou ateliers e dedicou-se às artes plásticas.

O velório decorre esta sexta-feira, 16 de maio, a partir das 16:30 horas, na Basílica da Estrela, em Lisboa. O funeral seguirá sábado, às 10:00 horas, para o cemitério dos Olivais, onde se realizará a cremação.

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