18 out 2023
Inquérito às condições de vida e trabalho dos jornalistas
O relatório do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Jornalistas em Portugal foi apresentado na Casa da Imprensa no passado dia 16 de outubro. Este estudo foi promovido pela API - Associação Portuguesa de Imprensa, pela Casa da Imprensa e pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ) e contou com o apoio da Federação Europeia dos Jornalistas (FEJ),
Raquel Varela, coordenadora do estudo realizado por investigadores do Observatório para as Condições de Vida e Trabalho da Universidade Nova de Lisboa, refere a existência de ambientes de trabalho tóxicos e identifica uma profissão marcada por sobrecarga laboral, conflitos éticos, degradação da qualidade do trabalho, dificuldade de conciliação entre a vida profissional e a vida familiar, salários baixos e precariedade.
Como consequência, quase metade (48%) dos jornalistas portugueses tem níveis elevados de esgotamento e cerca de 18% apresentam valores de exaustão emocional que variam entre um nível muito elevado e extremamente elevado. Outro indicador preocupante revelado por este estudo é a média de filhos, de 1,04, abaixo da média nacional de 1,38 filhos por mulher.
O inquérito decorreu em abril e maio de 2022 e recolheu um total de 866 questionários, de 119 concelhos, de homens (52%) e mulheres (48%), jornalistas no ativo ou na reforma. Entre os ativos, com menos de 65 anos, a média de idades dos participantes foi de 44,8 anos. Mais informações aqui.
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